Curiosidades sobre as lentes de contato que você não conhecia

O número de pessoas que utilizam lentes de contato para corrigir algum problema de visão não para de crescer no mundo todo, somando cerca de 140 milhões de indivíduos. Os dados foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (SOBLEC) e publicados na revista Jota Zero (edição 146), informativo oficial do Conselho Federal de Oftalmologia. 

O sucesso, claro, não é à toa, já que essa é uma das soluções favoritas de quem quer fugir de cirurgias ou do uso de armações. Mas, você sabia que existe muito mais por trás desse minúsculo disco transparente (e extremamente potente) do que apenas auxiliar na qualidade de vida de seus usuários? Na verdade, sua história é repleta de fatos interessantes e surpreendentes, que você provavelmente desconhecia (até hoje). 

Ficou curioso para descobrir algumas curiosidades sobre o assunto? Então, é só continuar lendo este artigo até o final! 

Afinal, quem inventou as lentes de contato?

Pense por um minuto: você consegue dizer rapidamente o que a Mona Lisa e as lentes de contato têm em comum? Não? Pois saiba que ambas foram criadas pelo gênio Leonardo da Vinci! 

Tudo começou com um esboço feito em 1508. Na época, da Vinci desenhou um sistema óptico que consistia, de forma bem simples, em colocar a cabeça em uma tigela com água para alterar a qualidade da visão. Alguns anos mais tarde, o artista e inventor desenvolveu uma versão “portátil” em forma de funil, mas a seu protótipo não era muito praticável e acabou sendo abandonado. 

Mais de cem anos depois, o físico francês René Descartes utilizou o mesmo modelo como base para criar uma espécie de tubo, com uma curvatura parecida com a da córnea, onde a água entraria em contato direto com os olhos. 

Vale lembrar que foi nesse momento que surgiu o nome “lente de contato”, já que o líquido entrava em contato direto com a superfície do olho. 

Embora sua reformulação tenha se saído melhor do que a de Leonardo, René teve que descartá-la rapidamente, já que era impossível piscar com o item no rosto. 

A ideia ainda passou pelas mãos do astrônomo britânico Sir John Herschel e pela empresa alemã FA Müller antes de chegar ao médico suíço Adolph Eugen Fick, em meados do século 19, responsável por, finalmente, desenvolver lentes de vidro com enchimento líquido realmente viáveis.

O cinema e as lentes de contato: uma dupla perfeita

Com o passar dos anos, além das lentes de contato com o objetivo corretivo, surgiram também os modelos que permitem alterar a cor, o formato e o desenho dos olhos, com finalidade totalmente estética. 

Obviamente, quem se aproveitou dessa onda foram os grandes estúdios de Hollywood, que apostaram nas lentes para criar efeitos de olhos ensanguentados, cortados e até mesmo de “outro mundo”. 

Esse truque foi utilizado no cinema, pela primeira vez, em 1939, no filme “Milagres à Venda”. Na época, o optometrista americano Reuben Greenspoon criou um material de cerâmica azul esmaltado. 

A lente foi colocada em um forno para fundir o vidro da superfície e a cor, deixando apenas 4 milímetros de abertura para que o ator Henry Hull, que interpretava o personagem principal, pudesse enxergar durante as filmagens. 

Dali em diante o acessório virou uma febre, sendo utilizado em produções como: 

• Star Wars (a saga completa);
• Riddick;
• Avatar;
• Senhor dos Anéis.

Lentes de contato ou câmeras?

Você sabia que, em dois de maio de 2013, a Sony (multinacional de tecnologia japonesa) patenteou lentes de contato que gravam e reproduzem vídeos? 

Por mais absurdo que possa parecer, essa não é nenhuma “pegadinha” ou lenda espalhada pela internet. A ideia da lente é a seguinte: ela contém um gerador que a alimenta utilizando os movimentos do próprio olho do usuário. Assim, é possível controlar a função de vídeo com o simples ato de piscar. 

E aí, todos prontos para o futuro? 

Lentes de contato para animais de estimação

Não é só o ser humano que se beneficia com as lentes de contato. Os animais, incluindo cães, gatos e até mesmo cavalos, também podem ter sua visão corrigida e melhorada com o seu uso. Geralmente, as lentes utilizadas são as intraoculares, bem semelhantes às dos pacientes que possuem cataratas.

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